Quer saber? Você tem muita sorte de ter cruzado meu caminho. Eu devo ter aumentado teu ego em uns 300%, te apresentei suas músicas preferidas, te escrevi textos lindos e te ensinei o que é uma pessoa desprovida de orgulho. Tão sem orgulho que te escrevo esse texto em uma sexta-feira a noite, enquanto você provavelmente enche a cara com os amigos em algum bar da Vila Madalena.
Quando a bebida fizer efeito, eu sei, meu celular vai vibrar no criado mudo. Alguma mensagem vai me fazer dar uma balançada e até cogitar em te perguntar exatamente onde você está, porque se você quiser, eu vou. No meio da noite mesmo. E quando você acordar amanhã, vai arquivar nossa conversa e voltar pra algum papo mais interessante – seja mulher, futebol, carnaval ou trabalho. Até uma mosca voando na sua frente deve ser mais interessante do que a mesma menina.
Eu devo ter te transformado em alguém mais seguro. Que fala sobre cinema, música, política, astrologia e sabe rir de piadas inteligentes. Bom, se eu te transformei no cara que eu projetei aqui dentro, pode ter certeza que não tem pra ninguém, meu bem. De nada, tá?
Te fiz acreditar, finalmente, que teu rosto era lindo, que teu corpo tinha presença, que seu abraço era o melhor do universo e que seu cheiro era único. Amor, não é por nada não, mas você me deve muitos agradecimentos por ter parado a minha existência para recitar tudo de mais maravilhoso que eu via em você. Só desculpa caso eu seja a única a ver.
Mas deixa eu te falar… Fui no oftalmologista esses dias. Preciso aumentar o grau do meu óculos. Já pensou se, de repente, como mágica, eu começasse a ver o que os outros enxergam em ti?

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